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Nervosismo com recessão global cai, Fed ajuda e Bolsa vira; dólar sobe menos

Moeda dos EUA ainda fechou em alta, mas longe dos R$ 3,99 registrados pela manhã; “Os nervos estão à flor da pele”, disse Cantreva, da Portofino Investimentos, de Nova York

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Divisa voltou a subir após um dia de trégua-Foto:Reprodução

O nervosismo, que tomou conta do mercado diminuiu em Nova York (EUA), e a Bolsa brasileira, que estava em baixa, passou a subir nesta quarta-feira (7). O dólar ainda fechou em alta, mas mais longe dos R$ 3,99 da manhã desta quarta-feira (7).

O Ibovespa, referência da Bolsa brasileira, terminou nos 102.783 pontos, com avanço de 0,61%. No pior momento do pregão, o indicador chegou aos 100.476 pontos. Já a moeda do EUA encerrou a sessão com alta de 0,48% nos R$ 3,975. Na véspera, a divisa fechou em baixa, após seis sessões de altas, pressionada pelo ambiente externo.

“Os mercados abriram bastante nervosos hoje no início do dia, mas já recuperaram quase tudo. O índice Dow Jones ainda cai ligeiramente. Os cortes nos juros na Nova Zelândia acima do esperado e também na Índia e Tailândia trouxeram ansiedade maior no mundo com receio de uma recessão nos EUA e no mundo. Essa recessão ainda não chegou. É que quando os mercados andam com os nervos à flor da pele qualquer novidade estressa”, disse Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimentos, de Nova York.

Os bancos centrais dos três países decidiram reduzir suas taxas para estimular o crescimento econômico, em um movimento que acontece à escala global. Semana passada foram o Brasil e os EUA. Antes, Turquia, Coreia do Sul e África do Sul também lançaram mão de estímulos para puxar o consumo e investimentos, e assim, promover uma retomada nas economias.

Segundo Cantreva, embora haja receio de que um agravamento da guerra comercial com a China (derivado dos acontecimentos dos últimos dias) afete o crescimento americano, a economia local segue com fundamentos relativamente sólidos: desemprego está baixo (de 3,7%) e o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas em um país) cresce.

A fala de um dos membros do Fed (banco central dos EUA) com sinal que a autoridade pode seguir cortando os juros, veio acalmar os ânimos. Cortes nas taxas nos EUA deixam atrativos investimentos em Bolsa e em outros mercados emergentes, com retornos maiores.

Charles Evans afirmou que uma maior tensão comercial entre EUA e China poderia impactar mais no crescimento americano e justificar uma baixa dos juros.

No radar dos investidores esteve ainda a votação dos destaques (mudanças) à reforma da Previdência, cujo texto principal foi aprovado na madrugada desta quarta. Até agora, não houve surpresas–duas das sete emendas foram rejeitadas pela Câmara dos Deputados. A expectativa é que a votação seja concluída ainda nesta quarta, e encaminhada ao Senado em seguida.

Pela manhã, o mercado também olhou os dados do varejo brasileiro, que não foram animadores. As vendas do segmento avançaram apenas 0,1% em junho, abaixo das estimativas (0,50%), o que pode indicar que a economia brasileira patinou no segundo trimestre.

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