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Na semana da ‘Super Quarta’, dólar cai pelo 6º pregão e fecha abaixo de R$ 4,13

Moeda americana, que começou o dia em alta, encerrou no menor patamar em um mês, em um movimento de ajuste com o mercado à espera das decisões de juros do Copom e do Fed

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Com baixa de 0,40% do dólar, real teve o melhor desempenho entre 33 moedas nesta segunda (9)–Foto: Pixabay

Em dia morno, o dólar, que iniciou o pregão em alta, acabou emendando a sexta queda consecutiva nesta segunda-feira (9) e terminou abaixo da marca dos R$ 4,13, no menor patamar em um mês.

No fechamento, a moeda americana caiu 0,40% para R$ 4,129, o nível mais baixo desde 7 de novembro (R$ 4,094). A queda desta segunda marcou a sexta seguida para o dólar — a mais longa sequência do tipo desde as também seis baixas consecutivas entre 30 de agosto e 6 de setembro de 2017. Na mínima do dia, a divisa recuou a R$ 4,1255; na máxima, foi a R$ 4,1610.

Apesar de moderada, a queda da moeda americana ante o real foi a maior entre as 33 divisas monitoradas pela Bloomberg.

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“O dólar arrefece naturalmente com ajustes, após se encaminhar para R$ 4,30, à espera da ‘Super Quarta’ e acordo comercial. O dólar tocando em R$ 4,12 é música para os ouvidos do Touro de Ouro”, disse Pablo Syper, diretor da Mirae Asset e colunista do Economia Bárbara.

A expectativa é que os mercados operem sem grandes solavancos até quarta (11), quando acontecem as últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e do Fed (banco central dos EUA) de 2019, para decidir sobre as taxas básicas de juros, que estão atualmente em 5% ao ano no Brasil e entre 1,50% e 1,75% nos EUA.

A previsão é que a taxa Selic recue dos atuais 5% para 4,50%, e nos EUA, a taxa seja mantida inalterada, depois de três cortes consecutivos de 0,25 ponto percentual.

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Mais do que as decisões, o mercado estará atento às declarações do presidente de Jerome Powell na coletiva que dará após a divulgação dos dados e ao comunicado que acompanha a decisão do Copom para ver se indicam o rumo das taxas em 2020.

Acordo comercial no radar

Além disso, o mercado segue na expectativa de novidades sobre as negociações comerciais entre EUA e China, à medida que se aproxima o prazo de 15 de dezembro, que está previsto uma nova rodada de tarifas dos EUA sobre produtos chineses. Na semana passada, o clima era de otimismo.

A China deu mais um passo para o acerto do acordo e anunciou a retirada de tarifas sobre a soja e a carne de porco americanas, e o presidente dos EUA, Donald Trump, depois de ter sinalizado que preferia acertar o acordo só depois de novembro de 2020, afirmou que as negociações estavam “indo muito bem”.

O dado divulgado pela China de que suas exportações caíram 1,1% em novembro, que puxou o dólar pela manhã, reforça os motivos para o país fazer um acordo com os EUA e acabar com ao menos uma parte das tarifas e evitar a imposição de novas.

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