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Inflação do aluguel desacelera em novembro, mas bate previsões

Segundo a FGV, o IGP-M fechou o mês com alta de 0,30%, menos que os 0,68% de outubro, mas acima das previsões dos analistas (0,10%)

Bárbara Leite

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IGP-M acumulado em 12 meses é usado no reajuste da maioria dos contratos de locação do país–Foto: Reprodução

O IGP-M, a chamada inflação do aluguel, subiu 0,30% em novembro, depois de uma alta de 0,68% no mês anterior. Apesar da desaceleração, o número da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quinta-feira (28), veio acima do esperado pelos analistas ouvidos pela Reuters, que era de alta de 0,10%.

Com o avanço de 0,30% de novembro a inflação do aluguel acumula aumento 3,97% em 12 meses. É esta variação que importa para quem mora ou vive de aluguel.

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O índice calculado para reajustar a maioria dos contratos de locação do país é o IGP-M acumulado em 12 meses. Ou seja, o índice divulgado nesta quinta (28) será usado para um contrato que faz aniversário em dezembro.

No ano, o IGP-M acumula variação positiva de 5,11%.  Em novembro de 2018, o índice havia caído 0,49% no mês e acumulava alta de 9,68% em 12 meses.

Preços no atacado têm freio

Os dados do IGP-M mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, desacelerou ante outubro. Neste mês, teve avanço de 0,36%, contra alta de 1,02% em outubro. Contribuíram para o arrefecimento a queda dos preços do minério de ferro (-11,21), do óleo diesel (-3,15%), da batata-inglesa (-17,35%, da banana (-13,04%) e dos adubos (-2,27%).

Preços ao consumidor: tarifa da luz volta a pesar e Mega-Sena mais cara

Por outro lado, os preços pagos pelo consumidor subiram 0,20%, em média, em novembro, após queda de 0,05% em outubro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram avanço em suas taxas de variação.

A principal contribuição partiu do grupo habitação (-0,21% para 0,19%). Nesta classe, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou -2,07% para 0,49%.

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Além da conta da luz, as principais influências para a aceleração dos preços ao consumidor entre outubro e novembro foram dos seguintes itens: carnes bovinas (0,85% para 3,76%), jogo lotérico (0,00% para 12,74%), passagem aérea (-1,92% para 3,42%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,10% para 0,54%) e roupas (0,29% para 0,44%).

As carnes bovinas têm vindo ficado mais caras em meio ao aumento das exportações, principalmente para a China, que reduz a oferta do produto no país e puxa seu preço.

Já os jogos lotéricos encareceram uma vez que a aposta mínima na Mega-Sena deixou de custar R$ 3,50 e foi para R$ 4,50.

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