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Em estreia na Bolsa, Vivara vai a R$ 24,80 na abertura mas encerra com leve alta

Rede de joalherias captou R$ 2,3 bilhões na oferta, que foi dominada pelo interesse brasileiro; para o presidente da B3, IPO da empresa aproximou o pequeno investidor do mercado de capitais

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Na cerimônia na B3 da abertura de capital da Vivara, CEO disse que empresa tem vontade de crescer- Foto: Bárbara Leite/ Economia Bárbara

A Vivara (VIVA3) abriu capital na Bolsa brasileira, a B3, nesta quinta-feira (10), e as ações da rede de joalherias fecharam o dia sendo negociadas a R$ 24,11, um aumento de 0,46% em relação ao preço estabelecido no IPO (Oferta Pública Inicial), que foi de R$ 24.

Na abertura, os papéis subiram a R$ 24,80, uma valorização de 3,33%, mas durante o pregão a alta foi perdendo fôlego.

A oferta, que foi dominada por investidores brasileiros, privilegiou quem aceitou a cláusula de “lock-up”, ficar sem vender os papéis por um período, para evitar especulações com as ações na estreia ou nos primeiros dias de negociações, a chamada “flipagem”, que costuma acontecer com IPOs.

Para os pequenos investidores do varejo (ofertas entre R$ 3 mil e R$1 milhão), o prazo era de 45 dias, ou seja, eles não poderão vender seus papéis até dia 23 de novembro. Por terem aceite a condição, tiveram direito a ficar com 47,04% das ações que reservaram. Quem não aceitou a condição, teve apenas 3,2% do volume demandado e pode vender seus papéis nesta quinta.

Já para os investidores qualificados do varejo, chamado de segmento private, com ofertas de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões, o prazo do “lock-up”, é maior, de 120 dias, ou seja, até dia 6 de fevereiro de 2020.

O preço de R$ 24 por ação ficou mais perto do teto da faixa indicativa (R$ 21,17 a R$ 25,40), devido à forte de demanda, principalmente do investidor local.

Para o presidente da B3, antiga Bovespa, Gilson Finkelsztain, o IPO da Vivara ajudou a aproximar o pequeno investidor da Bolsa.

“É uma tendência que veio para ficar”, diz ele, que comemorou o novo recorde de investidores pessoa física na Bolsa, chegou à cifra de 1,4 milhão.

Com a abertura do capital, foram captados R$ 2,3 bilhões, dos quais R$ 453,5 milhões irão para o caixa da empresa e R$ 1,842 bilhão para os acionistas da família Kaufman, fundadora da companhia. São eles Nelson Kaufman (fundador), que reduziu sua participação de 48% para 22%, o CEO (presidente executivo) Marcio Kaufman, filho de Nelson, e sua irmã Mariana, que é diretora de marketing, e Paulo Kruglensky.

‘Vontade de crescer’

Acionistas da família Kaufman, fundadora da Vivara, e presidente da B3, Gilson Finkelsztain- Foto: Bárbara Leite/Economia Bárbara

Na cerimônia da listagem da empresa na Bolsa, o presidente executivo (CEO) da Vivara, Márcio Kaufman, falou que a estreia no mercado de capitais brasileiro é um marco para a empresa, que, mesmo com os seus cerca de 60 anos de história, “é jovem e com muita vontade de crescer”.

A rede é líder em um mercado bastante pulverizado, com 10% de participação. Tem 234 estabelecimentos–185 lojas, 47 quiosques e duas lojas da Vivara Life, unidade voltada para o público jovem– a maioria em shoppings.

Do total levantado, a empresa vai destinar 65% para abertura de lojas; a intenção é dobrar de tamanho. O restante será destinado para aumento do parque fabril, para a criação de uma nova marca voltada para a classe média, e investimentos em tecnologia.

A operação foi liderada pelo Itaú BBA, enquanto o agente estabilizador foi o Bank of America Merrill Lynch. Também participaram da oferta XP Investimentos e o JP Morgan.

Fachada do prédio da B3, onde aconteceu a cerimônia do lançamento das ações da Vivara- Foto: Bárbara Leite/ Economia Bárbara

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