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Em dia de vaivém, dólar firma alta à espera de fala de Powell e novas ameaças da China

Moeda dos EUA subia a R$ 4,045 nesta quinta-feira, dia 22, em linha com a cautela do exterior

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Na véspera, divisa dos EUA havia engatado segunda queda consecutiva-Foto: Reprodução

Em uma manhã agitada, oscilando entre queda e subida, o dólar passou a se firmar em alta nesta quinta-feira (22), em linha com a cautela do exterior, após novas ameaças de retaliação da China aos EUA e expectativa com o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Jerome Powell, previsto para esta sexta (23).

Após cair para R$ 4,024 mais cedo, o dólar comercial era negociado a R$ 4,045, uma alta de 0,34%, pelas 10h40. Na véspera, a moeda engatou a segunda queda consecutiva, ao recuar mais 0,50%.

Já o Ibovespa, referência da Bolsa brasileira, seguia estável, nos 101.207 pontos, após salto de 2%, na véspera, com expectativa de privatização da Petrobras ainda no governo Bolsonaro, até 2022.

O real seguia o comportamento de outras moedas de países emergentes, como a lira turca e o peso mexicano, que também perdiam valor para a divisa dos EUA.

Pesava sobre os emergentes as declarações do porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, de que a imposição de novas tarifas pelos EUA pode forçar o país asiático a “adotar ações de retaliação”. Não é a primeira vez que a China ameaça contra-atacar as novas taxas de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses, que estão previstas entrar em vigor no dia 1º de setembro.

Um agravamento da guerra comercial entre EUA e China tende a desacelerar as duas potências econômicas, que por consequência, podem diminuir as compras ao exterior, impactando ainda mais nas já frágeis economias dos países emergentes.

Além do noticiário, o mercado espera ansioso o discurso de Powell no simpósio de Jackson Hole, nesta sexta. Os investidores preveem que o chefe do BC dos EUA possa frustrar e não sinalizar mais estímulos para a economia americana.

O dia teve nova atuação do Banco Central do Brasil no mercado de câmbio, vendendo dólares à vista e fazendo contratos de swap reverso, o mesmo que comprar dólares no futuro, mas as operações da autoridade não frearam a moeda e ela segue acima de R$ 4.

*Com agências

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