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Dólar cai com possível retirada de taxas à carne e soja dos EUA pela China
Humor externo sobe nesta sexta (13) com perspectivas de alívio na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo
O dólar iniciou em queda ante o real nesta sexta-feira (13), negociando na casa dos R$ 4,05, em um dia de forma geral fraco para a moeda americana no mundo, na esteira de expectativas positivas de alívio na guerra comercial entre EUA e China.
Pelas 9h46, a moeda americana era negociada a R$ 4,05, com queda de 0,25%, depois de ontem ter encerrado, na véspera, nos R$ 4,06, uma queda de 0,11%.
Pela manhã, animava o mercado a notícia de que a China vai abrir mão de mais tarifas, agora sobre produtos agrícolas importantes exportados pelos EUA.
Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, a China excluirá de tarifas adicionais dois dos maiores importantes produtos agrícolas exportados pelos americanos para o país asiático– soja e carne suína–, no mais recente sinal de atenuação das tensões sino-americanas antes de uma nova rodada de negociações com o objetivo de conter uma guerra comercial.
A China havia imposto tarifas adicionais de 25% aos produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja e carne de porco, em julho de 2018. Em 1º de setembro, o país aumentou as tarifas para soja em mais 5% e, para carne de porco, em mais 10%.
“A China apoia empresas relevantes que compram hoje determinadas quantidades de soja, suínos e outros produtos agrícolas de acordo com os princípios do mercado e as regras da OMC”, disse a Xinhua, acrescentando que a Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China excluiria tarifas adicionais sobre esses itens.
A China tem “amplas perspectivas” de importar produtos agrícolas dos EUA de alta qualidade, informou a Xinhua, citando autoridades não identificadas.
Nesta semana, a China já havia anunciado a retirada de taxas sobre 16 produtos americanos a partir do dia 17, anúncio, que foi respondido com “um gesto de boa vontade” de Trump: adiamento para o dia 15 de outubro, da nova tarifação à China, que entraria em vigor no dia 1º.
Autoridades dos EUA e da China devem se reunir na próxima semana em Washington antes das negociações entre os principais negociadores comerciais no início de outubro.
O presidente Donald Trump disse na quinta-feira que prefere um acordo comercial abrangente com a China, mas não descarta a possibilidade de um pacto provisório.
A guerra comercial entre os dois países, que se arrasta há mais um ano e meio, tem enfraquecido as economias e gerado temores de uma recessão à escala global.
*Com agências