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Dados do emprego dos EUA vão ditar rumo do dólar e Ibovespa nesta sexta

Relatório do mercado de trabalho americano sai às 9h30 e pode mexer forte com os negócios neste sexta, se mostrar enfraquecimento

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Bolsa subiu nesta quinta e a moeda americana despencou com a fraqueza da economia americana–Foto: Pixabay

Sai às 9h30 o relatório de emprego nos EUA, o chamado Payroll, de setembro, que pode mexer forte com os negócios do dólar e do Ibovespa, referência da Bolsa brasileira, se mostrar enfraquecimento no mercado de trabalho.

Será mais um dado a sinalizar que a economia americana está ou não em desaceleração mais forte do que a vista anteriormente. Se o dado confirmar a fraqueza da economia, para o mercado, aumentam as chances do Fed (banco central dos EUA) continuar cortando os juros, em um movimento para ajudar a baratear o crédito, estimular o consumo e investimentos, e assim, tirar a economia do risco de uma recessão.

E quanto menor a taxa por lá, mais chances de investidores trazerem recursos para mercados emergentes, como o Brasil. Com isso, dólar cai e Bolsa tende a subir.

Os analistas esperam que o Payroll indique criação de 150 mil vagas em setembro, acima do registrado em agosto (130 mil), com a taxa de desemprego estável em 3,7% e aumento de 0,20% do salário médio por hora (0,37% no mês anterior).

Números de geração abaixo dos 150 mil já podem acelerar mais a queda do dólar, que, nesta quinta-feira (3), teve a maior queda em um mês, fechando a R$ 4,09. O recuo contrasta com a disparada na semana passada, quando a moeda chegou a negociar perto do recorde, acima de R$ 4,1957. Já o Ibovespa , que chegou a perder os 100 mil pontos após a divulgação dos indicadores negativos dos serviços americanos, fechou com alta de 0,48% para 101.516 pontos nesta quinta. 

As expectativas de novos cortes nos juros aumentaram nesta quinta depois que foi divulgado o índice de setor de serviços nos EUA, que mostrou que o crescimento do segmento desacelerou para o ritmo mais lento em três anos. Também pesaram os números do emprego do setor, que foram os mais fracos em 5 anos.

Os dados sugerem que a desaceleração da economia americana, em meio à guerra comercial entre EUA e China, está se espalhando da indústria também para os serviços, o setor mais importante na atividade do país.

Aumentou para 87% a probabilidade de novo corte de 0,25 ponto percentual do juro nos EUA no dia 30 de outubro e subiu para 94% a expectativa de um corte mais intenso, de 0,50 ponto, no último encontro no fim do ano.

O mercado também vai ficar atento ao discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, previsto para as 15h, que pode dar alguma sinalização sobre o rumo dos juros por lá.

*Com agências

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