Com nova Selic, economia em uma geladeira será inferior a R$ 5; no cheque especial, centavos

A redução de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros da economia, a Selic, deve ter impacto reduzido nos juros pagos pelo consumidor.  Simulações feitas por Miguel de Oliveira, diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac (Associação dos Executivos de Finanças), mostram que a nova taxa a 6% ao ano tará uma economia marginal de R$ 0,27 para quem, por exemplo, usar R$ 1.000 no cheque especial por 20 dias.

Na compra de uma geladeira de R$ 1.500 em 12 vezes, a poupança no fim do empréstimo será inferior a R$ 5, ou R$ 4,58. Já quem pegar R$ 3.000 no rotativo do cartão de crédito poderá pagar “míseros” R$ 1,20 a menos na fatura, com o novo juro básico.

A maior economia pode ser observada no financiamento de um veículo de R$ 40 mil em 60 meses, por meio de um Crédito Direto ao Consumidor (CDC), mas, mesmo com a diferença, de R$ 633,59, o tomador do crédito ainda pagará R$ 61.888,15 ou 54,7% mais, no fim do prazo, do que pediu ao banco. Na Selic anterior de 6,50%, eram R$ 62.521,74 ou 56,3% a mais.

Segundo Oliveira, o reduzido impacto no bolso se deve ao fato “que existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores. Na média da pessoa física, eles atingem 117,88% ao ano, uma variação de mais de 1.700% entre as duas pontas”, diz Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac.

Na média, o custo do crédito do país deve cair a 6,67% ao ano com a taxa básica de juros em 6%. Com a Selic anterior, o custo era de 6,71%.

 Confira simulações abaixo e veja quanto a Selic a 6% vai impactar no bolso:

Compra de uma geladeira de R$ 1.500 em 12 meses:

Compra de veículo de R$ 40 mil em 60 meses por CDC (Crédito Direto ao Consumidor)

Uso de R$ 3.000 por um mês no rotativo do cartão de crédito

Uso de R$ 1.000 por 20 dias no cheque especial

Fonte: Miguel de Oliveira, diretor executivo da Anefac