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Com combustíveis e leite mais baratos, inflação do aluguel desacelera em julho

IGP-M subiu 0,40% em julho, a metade da alta no ano anterior e abaixo do esperado; veja o que trouxe alívio ao bolso

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Queda nos preços dos combustíveis nas refinarias foi o principal contributo para o freio no índice-Foto:Reprodução

Com alívio nos preços dos combustíveis, leite e tomate, o IGP-M, a chamada inflação do aluguel, fechou julho com alta de 0,40%, abaixo da variação de julho de 2018 (0,80%) e ainda menor do que o esperado pelos analistas (0,50%).

Segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira (30), com a alta de julho, o indicador acumula aumento de 6,39% em 12 meses. É esta variação que importa para quem mora ou vive de aluguel. O índice calculado para reajustar a maioria dos contratos de locação do país é o IGP-M acumulado em 12 meses. Ou seja, o índice divulgado nesta terça (30) será usado para um contrato que faz aniversário em agosto.

Na prática, no entanto, em meio à crise, muitos reajustes de aluguel têm ficado abaixo do IGP-M. Alguns, por outro lado, têm até optado por manter o valor antigo, para não perder o inquilino e deixar o imóvel vazio.

O novo indicador é mais um a dar suporte à esperada decisão desta quarta-feira (31) do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), de corte da taxa básica de juros, que está estável nos 6,50% ao ano, desde março de 2018. Com a inflação controlada, o Copom pode iniciar a redução da taxa básica de juros, a Selic, visando estimular o crédito e o consumo, para ajudar na retomada do crescimento econômico, sem pôr em causa o índice de preços.

Diesel, leite, tomate e roupa aliviam bolso

A desaceleração da inflação medida pelo IGP-M em julho veio por conta da menor pressão sobre os preços no atacado, que subiu 0,40% em julho depois de registrar alta de 1,16% em junho. Destaque para as quedas no atacado dos preços do diesel (-4,90%), do leite (-6,91%), da gasolina (-7,08%), do óleo (-8,62%) e da soja em grão (-1,36%).

Os preços ao consumidor, por outro lado, tiveram um aumento médio (0,16%) maior do que em junho (-0,07%), mas o tomate, que ficou 4,35% mais barato, a laranja-pera, com recuo de 6,02%, e o feijão carioca (-8,48%) trouxeram alívio ao bolso.

Também a queda de 0,28% no preço do vestuário, por conta da temporada de saldos e liquidações, ajudou a pressionar menos o índice inflacionário.

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