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China isenta tarifas sobre 16 produtos dos EUA, e dólar cai; lista não inclui soja e carne

É a primeira trégua na guerra comercial, que começou em janeiro de 2018; analistas veem a medida, porém, com impacto limitado já que ela exclui itens importantes da balança comercial americana

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Guerra comercial entre EUA e China começou com Trump taxando itens chineses em janeiro de 2018–Foto: Reprodução

China anunciou nesta quarta-feira (11) que renunciou às tarifas de importação de 16 produtos dos EUA, na primeira trégua desde o início da guerra comercial em janeiro de 2018. A divulgação animou o dólar, que recua nesta manhã.

Pelas 10h20, a moeda americana era negociada a R$ 4,075, uma queda de 0,51%.

Nesta terça, o governo chinês divulgou a lista de isenções, que inclui camarão, farinha de peixe e medicamentos para tratamento de câncer. Os importadores chineses podem solicitar o reembolso de tarifas já cobradas em 12 dos produtos. Quatro produtos, incluindo o soro de leite, são elegíveis para a isenção, mas não para reembolso.

As isenções terão início em 17 de setembro e durarão um ano.

O  anúncio da isenção ocorre cerca de um mês antes da nova rodada de negociações comerciais com os EUA, prevista para outubro. O governo chinês tenta limitar as consequências da guerra comercial sobre seu setor industrial, que reclama dos custos extras causados pelas tarifas de mercadorias fabricadas nos EUA.

Lista não inclui principais produtos, como soja e carne

Analistas apontaram que a lista de isenção não inclui, porém, grandes mercadorias sujeitas a tarifas, como soja ou carne. “As tarifas chinesas que realmente importam são as dos produtos agrícolas e de manufatura dos EUA, produzidas principalmente em Estados com forte apoio ao [presidente] Donald Trump”, disse à CNN Artur Baluszynski, chefe de pesquisa da Henderson Rowe. “Nós simplesmente não vemos a China disposta a negociar com eles antes da corrida para o presidente dos EUA”, falou.

Iris Pang, economista da Grande China do ING, acrescentou que, embora as isenções possam ser vistas como um “gesto de sinceridade”, elas são “provavelmente mais um meio de apoiar a economia”.

Com a taxação aos EUA, o Brasil tem vindo a aumentar as vendas de soja e carne para a China. Nesta semana, o país asiático liberou mais 25 frigoríficos brasileiros para exportarem seus produtos para lá.

*Com informações da CNN

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