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Bolsas na Europa se animam com avanços no Brexit e fala de Trump
O dia é de grande otimismo na Europa após declarações sinalizarem uma solução para saída do Reino Unido da União Europeia e acordo para pôr fim à guerra comercial entre EUA e China
O dia é de grande otimismo nas Bolsa europeias nesta sexta-feira (11), após declarações do presidente americano, Donald Trump, na véspera, indicarem que EUA e China podem chegar a um acordo para pôr fim à guerra comercial, e do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, de que pode haver entendimento para a saída da Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit.
Pelas 7h50, o índice da Bolsa da Alemanha, subia 1,78%, o da Bolsa da França avançava 1,10%, da Itália (0,89%), da Espanha (0,77%), de Portugal (0,94%), do Reino Unido (0,35%), da Bélgica (1,46%), da Áustria (1,68%), da Grécia (1,39%) e da Irlanda ( 2,99%).
Nesta quinta-feira (10), Trump fez uma leitura otimista nas negociações comerciais, que foram retomadas em meio a ações hostis dos americanos e a dias de nova imposição de tarifas.
“Eu acho que está indo muito bem. Vou dizer que acho que está indo muito bem ”, disse o presidente antes de deixar Washington, já depois do mercado brasileiro fechar. “Então tivemos uma negociação muito, muito boa com a China. Eles vão falar um pouco mais tarde, mas estão basicamente encerrando e vamos vê-los amanhã aqui mesmo”, acrescentou.
O secretário do Tesouro Steven Mnuchin e o representante comercial dos EUA Robert Lighthizer lideraram a equipe de negociadores americanos durante as discussões. O vice-primeiro-ministro chinês Liu é o líder da delegação de Pequim.
No início da quinta, Trump já havia animado as Bolsas após dizer que planejava se encontrar com Liu na Casa Branca nesta sexta-feira (11), já que várias notícias diziam que a equipe chinesa poderia deixar o país ainda na quinta-feira.
A guerra comercial se arrasta há 18 meses e tem afetado as economias e empresas das duas potências e do resto do mundo.
Acordo para o Brexit
Outra das preocupações do mercado, uma saída do Reino Unido da UE, agendada para o próximo dia 31, sem acordo dos termos do “divórcio”, pode ser solucionada.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse nesta quinta ter recebido “sinais promissores” do primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, sobre um possível acordo.
“É claro que não há qualquer garantia de sucesso e o tempo está praticamente esgotado, mas até a mais pequena oportunidade tem de ser aproveitada”, apontou.
Já Varadkar também indicou que foram feitos avanços durante um encontro “promissor” com o premiê britânico, Boris Johnson, para chegar a um acordo sobre o Brexit em Bruxelas.
“Espero que o que aconteceu seja suficiente para permitir a retoma das negociações em Bruxelas”, disse, em declarações a jornalistas no aeroporto de Liverpool.
O principal ponta de discórdia entre as partes é que o Reino Undo quer eliminar do acordo já fechado o chamado “backstop”, um mecanismo criado para evitar a volta de uma fronteira física entre a Irlanda do Norte (que é parte da Grã Bretanha) e a República da Irlanda (que é um país independente que faz parte da União Europeia).
Para críticos como Boris, essa cláusula de salvaguarda vai permitir a permanência parcial do país numa união aduaneira com a UE e tirar o poder do Reino Unido de fechar acordos comerciais por conta própria.