As Bolsas europeias sobem nesta sexta-feira (17), com as expectativas de uma recuperação da economia na China e depois do mercado de capitais nos EUA ter registrados novos recordes nesta quinta (16). O Brasil, que tem seguido descolado do otimismo do mercado global, com receios de frustração com o crescimento econômico brasileiro, que já está afastando investidores estrangeiros do país, negocia em alta antes da abertura do mercado.
Pelas 9h, o Ibovespa futuro subia 0,37%, enquanto os futuros do Dow Jones e do S&P 500, avançavam menos, 0,24% e 0,22%, respectivamente.
No mesmo horário, o índice Stoxx Europe 600 subia 0,90%. O índice alemão DAX avançava 0,62%, o francês CAC registrava alta de 0,90% e o britânico FTSE 100 valorizava 1,01%.
Os investidores se animaram com os dados de dezembro da China, apesar do crescimento econômico chinês ter subido 6,1% em 2019, no menor ritmo desde 1990. Em 2018, a alta havia sido de 6,6%.
Os dados mostram, que apesar de ter abrandado durante boa parte de 2019, a economia se estabilizou na reta final do ano devido a um alívio das tensões comerciais com os EUA.
A produção industrial cresceu 6,9% em dezembro ante um ano antes, acima da previsão de alta de 5,9%, enquanto as vendas no varejo avançaram 8%, contra os 7,9% estimados. Já os investimentos fixos aceleraram pela primeira vez desde junho, para 5,4%.
No quarto trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país) da China subiu 6%, mesmo crescimento registrado no terceiro trimestre de 2019.
Os mercados na Ásia fecharam em alta: Tóquio e Hong Kong subiram 0,4%, cada, enquanto Xangai teve alta leve de 0,05%.
Risco-país em queda
Pelas 9h, o Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, o indicador do risco-país, do Brasil atingia 96,476 pontos, nível de países que têm grau de investimento, o chamado selo de bom pagador.
A Itália, por exemplo, está com CDS maior, de 120,985 pontos e tem grau de investimento, status que o Brasil perdeu e que tende a atrair capital ao país.