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BC faz novo alívio no compulsório e libera mais R$ 16,1 bi para bancos emprestarem
Nova medida entra em vigor no dia 1º de julho
O Banco Central (BC) decidiu reduzir, a partir do próximo dia 1º de julho, a alíquota do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo em dois pontos percentuais, de 33% para 31%. A alteração aproxima mais a alíquota dessa modalidade de recolhimento aos níveis históricos praticados nos anos anteriores à crise de 2008.
A mudança, segundo a autoridade monetária implicará na redução no recolhimento da ordem de R$ 16,1 bilhões. A injeção começará a ter efeito a partir do dia 15 de julho. Ou seja, os bancos não vão precisar mais recolher e depositar esse valor no BC. Com isso, terão disponíveis mais R$ 16,1 bilhões para emprestarem aos seus clientes.
A iniciativa é a segunda que libera recursos para serem injetados na economia em julho. No fim do mês passado, o BC havia anunciado que outros R$ 8,2 bilhões seriam injetados na economia também a partir de 15 de julho. Esses valores também resultaram de um alívio dos compulsórios. Neste caso, o BC decidiu excluir da base de cálculo do compulsório os depósitos interfinanceiros feitos por Sociedades de Arrendamento Mercantil (empresas de leasing) em bancos do mesmo conglomerado. A autoridade informou que o volume que será liberado com a mudança aprovada corresponde a 3,3% do total recolhido no BC nessa modalidade de compulsório.
A redução e simplificação dos compulsórios faz parte da Agenda BC+, que relaciona as iniciativas prioritárias da autarquia voltadas para a redução do spread no crédito e para a maior eficiência do sistema financeiro. Essa foi a primeira mudança nas regras anunciada sob a gestão do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que tem insistido na importância de avançar com a iniciativa.
Na gestão de seu antecessor, Ilan Goldfajn, foram promovidos três movimentos de redução dos compulsórios. A alíquota do recolhimento do depósito à vista passou de 45% para 21% e a do depósito a prazo, de 36% para 33%.
Em dezembro, os bancos deixaram depositados no Banco Central R$ 443 bilhões em compulsórios.