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Após 53 dias sem reajustes, Petrobras eleva em 2,7% preço da gasolina; diesel sobe 1,2%

Altas são nas refinarias e valem a partir desta terça (19); importadores e CBIE veem defasagem; petroleira diz que política de preços está mantida

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Reajustes nas refinarias podem chegar ou não à bomba, já que os postos são livres para definir preços–Foto: Agência Brasil

Após 53 dias sem reajustes, a Petrobras vai elevar em R$ 0,05 o preço da gasolina nas refinarias a partir desta terça-feira (19), segundo informou a petroleira a seus clientes. Já o preço do diesel terá aumento de R$ 0,026 por litro, o que representa um reajuste médio de 1,2%.

O diesel sofreu a última mexida nas refinarias no dia 1º de novembro, quando a estatal promoveu um corte de 3% no preço do combustível.

Com o reajuste anunciado, a gasolina, que custava, em média, R$ 1,8054 por litro nas refinarias vai passar subir a R$ 1,8554, de acordo com o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). A Petrobras não publica mais o valor médio.

Já o preço do diesel sobe de R$ 2,1877, também segundo o CBIE, para R$ 2,2137 por litro.

A Petrobras ajusta os preços nas refinarias acompanhando a evolução do dólar e das cotações do petróleo no mercado internacional. Na semana passada, o petróleo Brent, referência para a Petrobras, fechou com alta de 1,3%, enquanto o dólar terminou nos R$ 4,193, a segunda maior cotação da história.

O reajuste nas refinarias pode chegar ou não ao consumidor final, já que os postos de combustíveis são livres para definir seus preços.

Preços defasados

Para os importadores, os preços praticados pela Petrobras estão defasados diante da disparada do dólar e aumento da cotação do petróleo.

O CBIE calculou, na sexta-feira (15), antes do anúncio do reajuste, em R$ 0,10 por litro a defasagem média do preço da gasolina vendida pela Petrobras em relação à cotação do Golfo do México, nos EUA.

A Abicom (Associação Brasileira das Importadoras de Combustíveis) vê defasagem entre R$ 0,09 e R$ 0,19 por litro, dependendo do ponto de entrega.

A última vez que a estatal ficou tanto tempo sem reajustes foi entre os meses de fevereiro e abril de 2017. Ao todo, foram 55 dias. 

A Petrobras diz que a política de preços permanece em vigor, mas que o preço de paridade “não é um valor absoluto, único e percebido da mesma maneira por todos os agentes”.

“Os reais valores de importação variam de agente para agente, dependendo de características como, por exemplo, as relações comerciais no mercado internacional e doméstico, o acesso à infraestrutura logística e a escala de atuação”, diz a companhia.

A empresa afirma ainda que não houve interrupção nas importações por terceiros, o que “evidencia a viabilidade econômica das importações realizadas por agentes eficientes de mercado”.

*Com Folha.com

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