Empresas e Negócios
Vídeo: C&A inova em IPO e faz desfile de moda na B3
Rede varejista com sede na Holanda escolheu a Bolsa brasileira para listar suas ações, que estreiam no mercado de capitais nesta segunda-feira; a oferta movimentou R$ 1,63 bilhão
A C&A é uma das duas empresas que estreia nesta segunda-feira (28) na B3. Na cerimônia de seu IPO (Oferta Pública Inicial), operação para ser listada no mercado de capitais, nesta manhã, a rede varejista inovou e fez um desfile de moda em plena Bolsa brasileira.
A operação de captação de capital da C&A movimentou R$ 1,63 bilhão. Para a empresa ficaram R$ 813,7 milhões; o grupo controlador, a família Brenninkmeijer, dos irmãos Clemens e August, cujas iniciais deram origem ao nome da varejista na Holanda, encaixou R$ 542,46 milhões na operação.
As ações preferenciais da rede varejista, que tiveram preço fixado em R$ 16,50, no piso no intervalo indicativo, têm código “CEAB3”.
“É um marco muito importante para a C&A Brasil. A C&A tem uma história longa e muita rica neste país. Tanto que a gente é conhecido como a marca mais brasileira do nosso segmento mas é a única que não é brasileira de origem. Começamos em 1976 no shopping Ibirapuera, e somo a segunda maior operação da C&A no mundo”, destacou Paulo Correa, presidente da C&A Brasil, na cerimônia na B3 antes da estreia das ações na Bolsa brasileira.
No Brasil, a empresa tem 282 lojas físicas, 236 delas em shopping centers consolidados, com as outras localizadas em ruas estratégicas. São 155 no Sudeste e 64 lojas físicas na região Nordeste. São 15 mil empregados.
Aqui, o grupo é dono de marcas como: Ângelo Litrico, Sun Coast, PaloMino, Yéssica, Clock House, Ace e Jinglers.
“Hoje temos um pregão diferente com brasilidade, com cor, com alegria, um desfile de moda”, disse Gilson Finkelsztain, presidente da B3, comemorando o fato da C&A, com sede na Holanda, ter escolhido a Bolsa brasileira para o seu IPO.
Segundo Finkelsztain, “a gente está vivendo no Brasil um momento único, de inflação baixa e taxas de juros baixa, reforma da Previdência e quem sabe vêm aí reformas administrativas, consolidando esse compromisso fiscal do nosso governo. É um marco que permite estabilidade fiscal e crescimento econômico”.
“Esse novo cenário faz com que os investidores mudem a forma de olhar ativos no mercado, o investidor está buscando se educar, entender o que é correr riscos e o que é ser sócio de empresas boas e grandes e não dá mais você deixar o seu dinheiro em CDI e você achar que liquidez e juro alto vão ser o mote de um país em crescimento”.