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‘Semana do Brasil’: 65% desconhecem a Black Friday verde-amarela
Levantamento do Reclame Aqui, que ouviu 12,5 mil consumidores, também mostra que os gastos dos que pretendem aproveitar as promoções da nova data do varejo brasileiro serão de até R$ 500
A “Semana do Brasil”, que vai até este domingo (15), nova data de descontos no varejo brasileiro criada pelo governo Bolsonaro, uma espécie de Black Friday verde-amarela, é desconhecida por 65% dos consumidores. A conclusão é de uma pesquisa feita pelo site Reclame Aqui, com 12,5 mil pessoas nos dias 7, 8 e 9 de setembro.
De acordo com o levantamento, apenas 35% dos entrevistados disseram que estavam sabendo da “Semana do Brasil”. Desses, 62% pretendiam aproveitar as ofertas e, para a maioria (55,5%), os gastos serão de até R$ 500 com compras.
O período de promoções, que foi lançado pelo governo para aquecer as vendas em um mês tradicionalmente fraco, teve a adesão de mais de 3 mil lojas. A ideia é repetir o evento nos próximos anos, sempre acontecendo na semana do Dia da Independência do Brasil. Neste ano, ele começou no dia 6 e vai terminar em 15 de setembro.
Para o diretor de operações do Reclame Aqui, Felipe Paniago, não é a primeira vez que o mês de setembro é sondado para aquecer o mercado. “Já houve rumores de que a Black Friday, que conhecemos em novembro, aconteceria dois meses antes, mas não estamos falando da mesma coisa”, disse.
Os consumidores que não pretendem gastar na “Semana do Brasil” (38%) justificaram que estão sem dinheiro para comprar algo (46%), não têm necessidade agora (30,3%) ou não tiveram interesse nessa promoção (23,7%).
“Este resultado explica que o brasileiro não está preparado, como de costume, a gastar tanto em setembro, um mês conhecido como fraco nos volumes de venda do varejo. A intenção do governo aparentemente é aquecer este período com a “Semana do Brasil”. Temos que esperar mais para saber se vai dar certo”, analisou Paniago.
Questionados sobre a credibilidade da campanha, 67% dos consumidores confiam nas promoções, enquanto que 33% desconfiam da “Semana do Brasil”, segundo o estudo.