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H&M suspende compra de couro do Brasil por incêndios na Amazônia

Segunda maior varejista de moda do mundo afirma que decisão será mantida até que seja verificado se o produto não contribui para danos ambientais

Bárbara Leite

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Varejista é a segunda empresa a parar de comprar couro brasileiro; a dona da Timberland também anunciou suspensão–Foto: Divulgação

A H&M, segunda maior varejista de moda do mundo, disse nesta quinta-feira (5) que parou de comprar couro do Brasil temporariamente devido a preocupações ambientais ligadas a incêndios na Amazônia

“Devido aos graves incêndios na parte brasileira da Floresta Amazônica e às conexões com a produção de gado, decidimos suspender temporariamente o couro do Brasil”, afirmou a H&M em comunicado por e-mail.

“A proibição permanecerá ativa até que existam sistemas de garantia críveis para verificar se o couro não contribui para danos ambientais na Amazônia”, afirmou o documento.

Junto com a marca que leva o seu nome, a empresa possui outras seis linhas de roupas, como Cheap Monday, Cos e Arket. Ela não informou quanto couro ela compra de produtores brasileiros, nem quanto tempo a restrição durará.

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Na semana passada, a empresa americana controladora das marcas Timberland, Vans e Kipling também interrompeu a compra do couro brasileiro de forma direta, enquanto incêndios na Amazônia levantam questionamentos sobre a gestão ecológica na maior floresta tropical do mundo.

A holding VF Corp afirmou que retomará a compra de couro do Brasil quando tiver “confiança e garantia de que os materiais utilizados em nossos produtos não contribuem para os danos ambientais no país”.

Outras empresas, como a Nestlé, informou que estava reavaliando a sua compra de cacau ao país devido a questão amazônica.

O país registrava, até há duas semanas, mais de 85 mil incêndios no ano, alta de 84% em relação ao ano anterior. A disparada teve repercussão internacional, com o presidente Jair Bolsonaro e o francês Emmanuel Macron trocando farpas e acusações.

O líder francês, que acusou o presidente brasileiro de ter mentido para ele sobre seu compromisso com a mudança climática, chegou a ameaçar pôr fim ao acordo comercial histórico firmado entre a União Europeia e o Mercosul, em junho.

*Com agências

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