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Aérea de baixo custo do Chile começa operações no Brasil em dezembro

JetSmart vai iniciar voos sem escala ligando Salvador e Santiago; valores por trecho serão a partir de R$ 269

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Aérea chilena JetSmart prevê transportar 100 mil passageiros por ano–Foto: Reprodução

A companhia aérea do Chile low cost (baixo custo) JetSmart anunciou nesta terça-feira (24) o início de sua operação no Brasil em dezembro, com um voo sem escalas ligando Salvador e Santiago. No início de 2020, abre linhas também para Foz do Iguaçu (5 de janeiro) e São Paulo (20 de março).

A partir de outubro e até janeiro, a companhia vai receber seis aviões Airbus 320neo, ampliando em 55% a atual capacidade, investimento de US$ 660 milhões.

Rio de Janeiro deverá ser atendido em uma segunda leva de destinos, afirmou Estuardo Ortiz, presidente executivo (CEO) e fundador da empresa. Os voos para Salvador e São Paulo começarão a ser vendidos por R$ 299 o trecho e para Foz do Iguaçu custarão R$ 269 o trecho. O valor é acrescido das taxas operacionais.

A linha entre Salvador e Santiago começa a operar no dia 27 de dezembro de 2019. Serão três voos semanais durante o verão –entre 30 de dezembro e 2 de março– e dois voos semanais no restante do ano.

A expectativa é que cerca de 100 mil passageiros sejam transportados por ano nas três rotas.

Para Ortiz, o Brasil tem um mercado promissor para companhias aéreas de baixo custo.

Enquanto na Europa e no México as companhias aéreas de baixo custo dominam 50% do mercado, na América do Sul este tipo de companhia tem apenas 7% do mercado.

“É uma região com uma grande classe média, mas que tem passagens aéreas com preços muito altos. São milhões que pessoas que não viajam ou viajam pouco, e passarão a ter preços mais acessíveis”, afirmou Ortiz.

Bagagens gratuitas: veto

 O anúncio do início da operação da JetSmart acontece no momento em que o Congresso deve decidir sobre o veto do presidente Jair Bolsonaro à lei que prevê a obrigatoriedade da franquia gratuita de bagagem.

A obrigatoriedade foi inserida por emenda parlamentar na medida provisória que abriu o setor aéreo para o capital estrangeiro e é criticada por parte do setor, que vê na medida um obstáculo para a operação das companhias aéreas de baixo.

Estuardo Ortiz, da JetSmart, afirma que a empresa não trabalha com o cenário de uma possível obrigatoriedade da franquia gratuita de bagagem no Brasil. E defende o modelo com regras mais flexíveis.

“Transportar uma bagagem se reflete em custo que acaba sendo embutido no preço da passagem. Entendemos que passageiros que devem decidir se querem pagar ou não pela bagagem”, diz Ortiz.

Outras companhias de baixa tarifa já iniciaram atividades no Brasil. A também chilena Sky Airline mantém voos para o Brasil desde novembro de 2018, com ligações para Rio, São Paulo e Florianópolis. Na virada para 2019 para 2020, também começará a voar para Salvador. Desde março deste ano, a Norwegian voa entre Rio e Londres. 

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Companhias aéreas de baixo custo (low cost) praticam preços menores do que as empresas regulares. Para poderem dar descontos, elas retiram alguns serviços e benefícios.

 Veja abaixo algumas diferenças em relação às companhias comuns:

1) espaço dos assentos reduzido

2) a escolha de assentos é paga

3) uso de aeroportos secundários

4) bagagem despachada é cobrada

5) não há programa de fidelidade

6) não há possibilidade de realocação em voos de outras companhias em caso de cancelamento

7) não oferece lanches aos passageiros; todo o serviço de bordo é pago

8) o embarque prioritário é pago

9) não oferece entretenimento: esqueça jogos e filmes a bordo

*Com Folha.com e O Globo.com

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