Emprego
Greve de ônibus: funcionário que faltar ao trabalho pode ser penalizado
A paralisação dos motoristas em São Paulo, prevista para esta sexta-feira (6), não é justificativa para o trabalhador se atrasar ou deixar de ir no emprego
A greve de motoristas de ônibus, confirmada para esta sexta-feira (6) em São Paulo, que tem potencial para trazer transtornos ao trabalhador da capital, não é justificativa para o funcionário se atrasar ou faltar no trabalho.
Na lei trabalhista, acontecimentos inevitáveis e imprevisíveis podem ser aceitos para a ausência. No entanto, a greve não entra nessa categoria, uma vez que foi divulgada e confirmada pelos sindicatos.
Assim, caso o trabalhador falte ao serviço por não ter conseguido transporte público para chegar, a empresa pode descontar esse dia da folha de pagamento.
Na prática, porém, o bom senso tem prevalecido e há tolerância dos patrões, uma vez que o empregado ficou impossibilitado de ir trabalhador devido à falta de transporte.
E até, no caso dos empregadores que descontem o dia, o trabalhador provavelmente conseguiria reverter essa situação na Justiça.
Diálogo e empregador bancar táxi
Como já existe conhecimento prévio sobre a data da greve, é recomendável que o funcionário converse com o empregador para procurar uma solução.
Se a empresa julgar necessário que o empregado compareça, o mais acertado é disponibilizar transporte particular ao funcionário ou custear o táxi para o deslocamento.
Outra opção, além de bancar o transporte do funcionário até o trabalho, seria permitir o home office. Para aqueles funcionários que não precisam estar fisicamente na empresa, que podem acessar o e-mail de casa, essa pode ser uma solução.
A empresa, que tem um banco de horas, também poderá deixar que os funcionários faltem no dia da greve e compensem as horas em outros dias.
Paralisação é contra a redução da frota e perda de empregos
O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) confirmou para esta sexta-feira (6) a realização de greve geral para protestar contra a redução da frota e pela manutenção dos postos de emprego.
De acordo com o sindicato, a prefeitura já retirou 450 veículos que atendiam a população e até o final do ano serão retirados outros mil ônibus.
A greve começou à meia-noite. A partir das 8h, os ônibus sairão das garagens e devem ir em direção ao centro, vazios, e os motoristas e todos os trabalhadores da categoria representados pelo sindicato farão uma grande manifestação, um acampamento em frente à prefeitura de São Paulo.
A Justiça já determinou que nos horários de pico–6h e as 9h e 16h às 19h–70% da frota de ônibus precisará estar circulando.