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Trump intensifica guerra comercial com China: petróleo despenca e Bolsa perde fôlego

Pelo Twitter, presidente dos EUA anuncia que vai tarifar em 10% mais US$ 300 bilhões em produtos chineses

Bárbara Leite

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Presidente Trump culpa a China pelo recuo nas negociações-Foto:Reprodução

O presidente americano Donald Trump anunciou uma tarifação de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos importados da China. Segundo a agência de notícias Bloomberg, a medida veio depois da pouca evolução das negociações entre os dois países na reunião realizada nesta semana. 

Trump fez seu anúncio pelo Twitter e as novas tarifas devem ser implementadas já em 1º de setembro. 

Se confirmada, a medida agrava a guerra comercial entre os países, que começou em 2018, aumentando os receios de que uma desaceleração das duas maiores economias do mundo possa derrubar o crescimento mundial e de países dependentes das suas compras, como o Brasil.

Esse temor de queda de demanda mundial fez o petróleo, negociado nos EUA, cair quase 8%, o maior desde 2015. As Bolsas também passaram a cair, já que o freio no consumo global pode resultar em vendas menores das empresas cotadas. O Ibovespa, referência da Bolsa brasileira, que subia mais de 1% até ao anúncio, passou a valorizar menos, e, pelas 16h, tinha alta de 0,72% nos 102.548 pontos.

Confira os tuítes do Trump:

Nossos representantes acabaram de voltar da China, onde tiveram conversas construtivas para um futuro acordo. Nós pensamos que teríamos um acordo com a China há três meses, mas infelizmente, a China decidiu renegociar o acordo. Mais recentemente, a China concordou em comprar grandes quantidades de produtos agrícolas dos EUA, mas não o fez. “

‘Além disso, meu amigo, o presidente Xi disse que pararia suas vendas de Fentanyl para os EUA – isso nunca aconteceu, e muitos americanos continuam a morrer! As negociações comerciais seguem e, durante as conversas, os EUA irão começar a colocar um pequeno adicional tarifário de 10% em US$ 300 bilhões em produtos vindos da china para nosso país. Isso não inclui os US$ 250 bilhões em produtos já tarifados em 25%”. 

“Nós aguardamos ansiosos pelo diálogo com a China e em um acordo comercial compreensivo e acreditamos que futuro entre os dois países será brilhante”

Relembre a guerra comercial entre EUA e China

O conflito começou quando o presidente dos EUA, Donald Trump, em janeiro de 2018, aplicou taxas sobre máquinas de lavar e painéis solares chineses, alegando que o país praticava concorrência desleal.

O aumento da tarifação foi estendido para a importação de aço e alumínio dois meses depois e, em junho do mesmo ano, ele aplica uma taxa de 25% em mais de U$ 50 bilhões de produtos chineses, que vão de bolsas a material ferroviário.

Como forma de retaliação, o líder chinês, Xi Jinping também aplicou tarifas que variaram de 5% a 25% sobre a importação de 128 itens dos EUA, incluindo frutas, produtos químicos, carvão e equipamento médico. Paralelamente, a China tarifou ainda bens produzidos em distritos americanos com forte apoio ao partido Republicano, do presidente Trump.

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