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EUA estão confiantes na assinatura do acordo com China, diz Mnuchin

Secretário do Tesouro americano diz que as partes chegaram a um “acordo substancial que está sujeito apenas à documentação”; declarações foram feitas após Bloomberg noticiar que os chineses quer uma nova rodada de negociações antes de assinarem a primeira fase do tratado

Bárbara Leite

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Mnuchin diz que, se não for feito acordo com China, sobretaxas previstas para dezembro, serão mantidas–Foto: Reprodução

Após a agência Bloomberg noticiar que o governo chinês quer novas conversas para assinar a primeira fase do acordo comercial com os EUA, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin disse, em entrevista à CNBC, nesta segunda-feira (14), estar confiante que a primeira fase do acordo vai ser assinada pela China.

“Fizemos progressos substanciais na semana passada nas negociações”, disse Mnuchin durante uma entrevista à “Squawk Box” da CNBC. “Temos um acordo fundamental que está sujeito apenas à documentação (…) Acredito que a fase 1 do acordo vai ser fechada”, contou.

Mnunchin disse acreditar que o acordo possa ser assinado durante a cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico no próximo mês no Chile.

Segundo ele, as partes já vão começar a negociar nesta semana algumas questões pendentes e, na semana que vem, juntamente com o representante do Comércio americano, Robert Lighthizer, vai conversar por telefone sobre o acordo com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, principal negociador da China.

O acordo, diz, aborda alguns elementos-chave da guerra comercial entre as duas nações, e inclui direitos de propriedade intelectual, serviços financeiros, moeda e câmbio, e “questões estruturais muito significativas” relacionadas à agricultura.

O secretário confirmou que a China se comprometeu em comprar produtos agrícolas no valor entre US$ 40 e US$ 50 bilhões dos EUA. Segundo os analistas do Citi, em tempos normais, a compra de produtos agrícolas dos EUA pela China era de cerca de US$ 20 bilhões, o que faz com que os números anunciados por Trump pareçam “excessivamente grandes”.

Na sexta-feira, o presidente Trump comemorou ter chegado a um acordo com a China, que chamou de fase 1, para pôr fim à guerra comercial que se arrasta há 18 meses e vem penalizando as economias das duas potências e do resto do mundo.

Sem acordo, tarifas serão impostas

Mnuchin também reforçou que, se não for feito acordo com China, sobretaxas programadas para 15 de dezembro não serão removidas.

Mais cedo, a agência Bloomberg, citando pessoas familiarizadas com o assunto, noticiou que a China queria uma nova rodada de conversas antes do presidente Xi assinar o acordo. Os chineses querem que os EUA desistam da imposição de novas tarifas em dezembro.

Além disso, o tom da mídia chinesa contrasta com a euforia de Trump. Por lá, a ideia é que nas negociações da semana passada, as partes não chegaram a um acordo parcial, apenas os dois lados “concordaram em fazer esforços conjuntos para, eventualmente, alcançar um acordo”.

A notícia foi um balde de água fria nos mercados. Pelas 10h45, o dólar subia 0,65% para R$ 4,122, enquanto o Ibovespa, referência da Bolsa brasileira, caía 0,01% para 103.822 pontos.

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