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Após indicar arrependimento, Trump avisa: só lamenta não ter taxado mais a China

Porta-voz da Casa Branca disse que fala de presidente americano, mais cedo no G7, sobre recuo na guerra comercial, foi mal interpretada

Bárbara Leite

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Presidente dos EUA diz que guerra comercial com China não causa tensão na cúpula do G7-Foto: Divulgação

A alegria do mercado durou pouco neste domingo (25). Após ter sinalizado, mais cedo, que estaria arrependido de ter intensificado a guerra comercial com a China, o presidente americano Donald Trump avisa que afinal só “lamenta não ter aumentado mais as tarifas” sobre os produtos chineses, informou uma porta-voz da Casa Branca, Stéphanie Grisham.

“Foi perguntado ao presidente se ‘queria mudar de opinião sobre a guerra comercial com a China’, e sua resposta foi mal interpretada”, disse Stéphanie. “O presidente Trump respondeu afirmativamente, (mas) porque lamenta não ter aumentado ainda mais as taxas”, afirmou.

Pouco antes, Trump deu a entender que flexibilizaria sua posição nesta questão. “Sempre penso duas vezes, sobre todos os temas”, havia dito.

As declarações foram feitas quando Trump estava se reunindo com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, neste domingo (25), na cúpula do G7 (grupo das 7 maiores economias desenvolvidas do mundo), que acontece neste fim de semana em Biarritz, na França.

Ele foi perguntado se ele tinha “alguma segunda opinião sobre a escalada da guerra comercial” com a China, depois de anunciar tarifas mais altas na sexta-feira (23).

“Sim, claro, por que não?” Trump respondeu. Repórteres perguntaram novamente se ele tinha dúvidas. “Pode ser que seja assim,” ele respondeu, antes de os repórteres perguntarem novamente. “Eu tenho dúvidas sobre tudo”, disse ele.

Ainda neste domingo, Trump declarou que sua guerra comercial com a China não causa tensão na cúpula do G7, apesar das preocupações expressas por vários outros líderes.

Muitos chefes de Estado expressaram preocupações sobre o impacto negativo deste conflito comercial sobre a economia global e os mercados, como o primeiro-ministro britânico, que declarou claramente a Trump que é “a favor de uma paz comercial” e que “não gosta de impostos alfandegários”.

As Bolsas no mundo caíram e o dólar disparou após o anúncio de taxas adicionais americanas sobre um total de US$ 550 bilhões em importações chinesas, em resposta a um novo aumento das tarifas chinesas anunciados na sexta de manhã.

Além das tarifas adicionais, Trump ameaçou Pequim com medidas mais drásticas, tuitando que “as empresas americanas têm ordens para começar imediatamente a procurar uma alternativa à China”.

O presidente defende sua estratégia em relação à China, a quem ele acusa de “roubo de propriedade intelectual da ordem de US$ 300 a US$ 500 bilhões por ano”. Perdemos um total de cerca de US$ 1 trilhão por ano. E, sob muitos aspectos, é uma emergência”, disse.

Como vem afirmando há meses, o presidente americano reafirmou que a China acabará cedendo às demandas e mudando sua relação comercial com os EUA. “Estamos em discussões, eles querem um acordo tanto quanto nós”, contou.

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