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Quer evitar golpes em Bitcoin? Guarde as moedas na sua carteira e saia das exchanges

Siga uma dica básica e evite cair em fraudes financeiras envolvendo a criptomoeda

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Casos de fraudes envolvendo Bitcoin crescem no país e no mundo-Foto: Pixabay

Quer entrar no mercado de Bitcoin mas os relatos recentes de golpes envolvendo a moeda virtual têm assustado você? Saiba que há uma regra básica que evita que se caia em fraudes financeiras: deixar as Bitcoins na sua carteira virtual (“wallet”), e nunca armazená-las em “exchanges” (uma espécie de corretora do mercado de criptomoedas), recomenda Pedro Borges, fundador do site Aprender Sobre Bitcoin, e colunista do Economia Bárbara.

“Exchange é onde você compra a criptomoeda; a wallet é onde você a guarda. Se você guarda a sua moeda na exchange, ela não é sua, é da exchange. E se essa exchange quiser sumir com seu dinheiro? Aí não há o que fazer para reaver seus fundos”, explicou Borges.

Provavelmente, você está acostumado a usar o banco tradicional, onde qualquer coisa que “suma” da sua conta, você será ressarcido do prejuízo. Mas a exchange não é um banco, nem uma instituição financeira. Ela apenas une compradores com vendedores e não se responsabiliza pelas perdas, diz.

Leia: Bitcoin: Fuja das promessas de ganhos de mais de 1% ao dia

Se você deixar as chaves na exchange, e ela foi séria e confiável, pode não acontecer nada com as suas Bitcoins. Mas também há o risco da exchange ser hackeada e alguma pessoa mal intencionada roubar as carteiras de todos os investidores ou a exchange ter sido criada de má fé e sumir do ar de repente. Os seus fundos também pode ser congelados com a exchange dizendo ter sofrido um golpe.

Por isso, a dica é não arriscar e instalar a wallet, para guardar as suas Bitcoin ou outras criptmoedas, e não passar a sua chave privada para a exchange.

Com a wallet, você tem acesso ao par de chaves criptográficas que garante a posse do dinheiro virtual. A chave pública é aquele endereço que você passa para as pessoas transferirem as moedas. Já a chave privada, a senha que permite o envio desse fundo, e só você pode ter acesso. Você precisa ter essas duas chaves para poder realizar compras e negociar criptomoedas.

Pode instalar a wallet por meio de um software em seu computador ou celular (as chamadas hot wallets) ou por meio de um hardware (um objeto parecido com um pendrive ou em papel, que você imprime).

Pirâmide financeira

Um golpe muito comum com Bitcoin envolve o esquema de pirâmide, que funciona basicamente com um investidor inicial que convida outros para se unir ao grupo e lucrar em cima destes, sem a necessidade de venda de nenhum produto. Nesta lógica, quem está no topo sempre precisa de mais pessoas para alimentar a base e continuar o ciclo.

O que acontece é que cada novo investidor que chega vai engordando o caixa da empresa. Esse dinheiro que vai entrando serve então para pagar as retiradas iniciais dos investidores que, sacando seus lucros iniciais, passam a acreditar ainda mais nas plataformas e a atrair mais gente.

O problema é que, em geral, as pirâmides não aplicam o dinheiro do cliente corretamente e, muitas vezes, sequer o aplicam. Dessa forma, alguns meses depois de iniciado o negócio, a pirâmide deixa de ter o dinheiro para pagar seus investidores e em geral abre falência, deixando seus clientes sem sequer poder sacar o dinheiro investido.

O que tem atraído investidores a esses golpes é a promessa de ganhos garantidos de até 1,5% ao mês ou cerca de 45% ao ano. Para se ter uma ideia de comparação, alguns papéis do Tesouro Direto, considerado a renda fixa mais segura do mercado, pagam cerca de 7,90% ao ano.

O investidor não deve esquecer que aplicar o dinheiro em Bitcoin é arriscado, assim como no mercado de ações. Não há garantia de retorno. Em dezembro de 2017, a moeda virtual chegou à marca dos US$ 20 mil, mas hoje está na casa dos US$ 10 mil.

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