Dicas Bárbaras

Independência financeira: 7 hábitos para conquistar a sua

Com método, disciplina e algum sacrifício, é possível ter uma vida tranquila e conquistar essa tão desejada autonomia das finanças

Publicado

em

No dia em que se comemora a Independência do Brasil, sempre nos lembramos de outra independência que tanto desejamos: a financeira. Para muitas pessoas, alcançar a independência financeira é conseguir uma renda suficiente para não precisar mais de trabalhar.

Parece um sonho distante, certo? Não, errado. É um objetivo que pode ser alcançado com método, disciplina e algum sacrifício. Uma pessoa, por exemplo, que ganha R$ 2 mil por mês, conseguirá somar R$ 200 mil em 20 anos se economizar, todo o mês, uma pequena parcela do salário: 10% do que ganha ou cerca de R$ 200. Neste caso, ela terá de aplicar o dinheiro em um investimento que dê cerca de 1% ao mês.

Confira, neste 7 de Setembro, 7 hábitos que vão te ajudar a conquistar a tão esperada independência financeira:

1. Gaste menos do que ganha

Pode parecer óbvio, mas, se você pensar melhor, vai reconhecer que não está conseguindo gastar menos do que ganha. Em primeiro lugar, você precisa controlar seus gastos e ver por onde seu dinheiro está saindo.

Vários aplicativos ajudam nessa tarefa, como o GuiaBolso, Mobills, Organizze, Money Manager, Grana, Money Lover e Orçamento Fácil, entre outros.

Se você prefere a boa e velha planilha financeira para registrar todas as suas despesas e rendas, pode baixar a nossa:

Planilha dos Gastos Domésticos

Em seguida, você deve cortar o que for desnecessário e manter as despesas mínimas para conservar seu padrão de vida.

Leia também: Brasileiro não sabe quanto ganha nem quanto gasta por mês

A disciplina precisa ser diária. Não dá para vacilar. Se precisa de uma motivação, pense que o dinheiro que está a gastando a mais foi precisamente o que lhe custou a poupar antes. Será que depois de ter desistido daquele fim de semana prolongado vale a pena gastar o dinheiro em uns sapatos?

2. Livre-se das dívidas

O endividamento pode ser a ruína dos seus sonhos, por isso, livre-se das suas dívidas. Primeiro precisa saber o tamanho dela, fazendo um diagnóstico financeiro. Depois priorize o pagamento das dívidas mais caras, as que pagam juros mais elevados, como cheque especial e cartão de crédito.

Antes do pagamento, entre em contato com os credores e renegocie os débitos. Na renegociação, seja consciente, não vá combinar a quitação da dívida em parcelas que não cabem no bolso. É um erro comum e só vai piorar a sua situação financeira.

Você também pode trocar de credor (de banco, por exemplo) ou de tipo de dívida (de um crédito pessoal por um consignado) e conseguir reduzir o tamanho de seu endividamento e fica livre para alcançar a sua independência financeira.

3. Poupe todo o mês

A dica é a seguinte: assim que o seu salário cair na conta, a primeira coisa a fazer é retirar o que vai ser poupado. Por exemplo, se a meta é economizar R$ 200, ponha de lado para aplicá-lo em algum investimento e esqueça que ele existe.

Se não sabe o quanto deve guardar existem vários métodos, a “Regra 50-30-20”, que estabelece quanto você poderá gastar da sua renda em cada área:

  • Despesas básicas (água, luz, aluguel, alimentação, escola, transporte) = 50% da sua renda
  • Estilo de vida (roupa, bares, Tv paga, salão de beleza, academia, viagens, presentes, festas, restaurantes)= 30% da sua renda
  • Investimento para atingir um objetivo futuro = 20% da sua renda

Mas esta regra pode virar “50-40-10″ ou “50-35-15″ ou “50-20-30”, por exemplo, é você quem decide.

Leia também: Conhece as técnicas do envelope e dos 10 segundos? Veja como poupar dinheiro diariamente

Saber como conquistar a independência financeira também é saber ser rigoroso. Não caia na armadilha do “poupo no próximo mês”. É preciso poupar todos os meses, sem vacilos.

4. Não deixe o dinheiro debaixo do colchão

Se você deixar o dinheiro parado, debaixo do colchão, ele já está se desvalorizando, porque ele se mantém inalterado enquanto a inflação aumenta. A dica é investir os recursos. Em um momento de juros baixos–a taxa básica da economia, a Selic, está em 6% ao ano– está cada vez mais difícil escolher a melhor opção.

A poupança está rendendo 4,20% ao ano, menos até que o FGTS, que agora paga 6,20%. Apesar da caderneta estar com a rentabilidade baixa, em algumas situações, ela ainda bate vários fundos de investimento, aqueles com taxa de administração maior que 1% com prazo de resgate de até um ano, por exemplo. Algumas contas digitais, como o Nubank, estão pagando mais 6%, e vários títulos do Tesouro Direto, como os prefixados, estão dando 7% ao ano.

Especialistas em finanças têm vindo a afirmar que será preciso diversificar e colocar uma parcela do dinheiro, em torno de 5% a 10%, em ativos de maior risco, como ações, fundos de ações ou fundos multimercados. Mas saiba que, neste caso, a renda pode acabar sendo perdida e o seu esforço mensal ter sido em vão. No fim, quem deve decidir onde colocar o seu dinheiro é mesmo você.

5. Crie metas e objetivos constantes

Comece com pequenos objetivos e metas e não pare. Guardou para a reserva de emergências (que deve ser equivalente entre 6 e 12 salários por ano, para ser usado em casos de demissão ou doença)? Que bom! Hora de estabelecer o próximo objetivo. Assim, como o seu dinheiro, os seus objetivos não podem ficar parados. A cada nova nova conquista, defina uma nova meta.

6. Tenha um negócio próprio

Fique tranquilo, a dica não para você criar um Google ou uma Amazon, mas a ideia é abrir um negócio que ajude a dar uma renda extra no fim do mês.

Você sabe cozinhar bolos deliciosos, desenhar ou é bom em matemática? Aproveite esses talentos e os ponha a render. Aplicativos como o DogHero, onde você se inscreve para passear ou hospedar cachorros também podem dar um ganho extra.

Leia: Brasileiro gasta até R$ 1.300 por mês com passeadores de cachorro

A venda de roupas usadas ou de milhas também ajudam no acúmulo de dinheiro para ajudar a alcançar a sua independência financeira.

7. Seja flexível na forma como gasta

Talvez esta seja a dica mais importante e a mais difícil de executar. Você precisa se adaptar ao seu orçamento para conseguir cumprir a primeira regra (gastar menos do que ganha).

Se em algum momento o seu rendimento mensal cair, os seus gastos também têm de ser reduzidos diante a nova realidade. Despesas supérfluas devem ser as primeiras a sofrer cortes. Depois você pode fazer algumas trocas, sem precisar necessariamente de descer seu padrão de vida: o pacote de TV paga ou de celular podem ficar mais baratos, por exemplo.

Leia: 20 dicas para economizar nas compras do supermercado

Você também pode continuar fazendo exercícios sem ir na academia ou deixar o carro em casa e optar por transportes públicos.

Criar o hábito de pesquisar e comparar preços, também ajuda a reduzir despesas.

Agora que você já tem as ferramentas básicas, é hora de pôr as mãos na massa. Desenvolva suas próprias estratégias e conquiste a tão desejada e sonhada independência financeira.

Clique para comentar

Mais Lidas

Copyright © Economia Bárbara