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Corra da armadilha dos juros: R$ 1 mil na poupança levam 156 anos para virar R$ 1 mi; no cheque especial, só 4,83 anos

Números divulgados, nesta sexta, pelo BC, mostram que cautela precisa ser redobrada com as taxas de juros atuais

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Dados divulgados, nesta sexta-feira (26), pelo Banco Central (BC), mostram que os brasileiros precisam redobrar a atenção antes de entrar no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito. Os juros das duas modalidades já passaram de 300% ao ano em junho: no crédito em conta eram cobrados, em média, 322,2% ao ano; no cartão, 300,1%.

Para se ter uma ideia de como é preciso fugir de pagar juros nessas linhas de crédito: com o rendimento atual, de 0,37% ao mês, R$ 1 mil aplicados na caderneta de poupança levariam 159 anos para virar R$ 1 milhão, segundo cálculos do professor de matemática financeira, José Dutra Vieira Sobrinho.

Já, se esses mesmos R$ 1 mil fossem uma dívida no cheque especial, com taxas de 12,75% ao mês (ou 322,1% ao ano) seriam apenas necessários 4,83 anos para se atingir essa cifra; no rotativo do cartão de crédito, a taxas mensais de 12,25% (300,1%), só 5 anos, calcula o professor.

Veja também: Juros do cartão de crédito e do cheque especial voltam a superar 300% ao ano
Calculadora do Milhão

Segundo o blog do Vicente, no Correio Braziliense, o governo estaria preocupado com a distorção dos juros, tanto que equaciona mudar a estrutura dos juros dos bancos, interferindo na composição do spread, que é a diferença entre o que os bancos pagam para captar os recursos e o quanto eles cobram dos clientes.

No primeiro semestre, os juros do cartão aumentaram 14,7 pontos percentuais; já os do cheque especial, a alta foi de 9,6 pontos percentuais.

Recorrer ao cheque especial, segundo especialistas em finanças, só é recomendado em último caso, para imprevistos e emergências. Em relação ao cartão de crédito, a linha pode ser uma aliada, desde que se pague a fatura integral; a opção pelo rotativo apenas deve ser equacionada em casos excepcionais.

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