O Dia das Crianças se aproxima e, para a maioria dos pais, vem acompanhado de uma série de gastos que incluem desde presentes até passeios e comemorações. A data tem forte apelo emocional e é preciso ficar atento para não tomar decisões equivocadas, que prejudiquem as finanças da família.
Muitos pais se veem divididos entre a vontade de agradar os filhos e os limites do próprio orçamento quando precisam dialogar com as crianças e, por isso, o momento de ir às compras para escolher o presente pode ser até mesmo estressante em alguns casos. Além dos desejos e questionamentos gerados pelos próprios filhos, os pais e responsáveis também precisam lidar com outra realidade presente no dia a dia: os estímulos de marketing e propaganda. Devido ao poder de persuasão e à presença massiva da mídia na vida das pessoas, é comum que as crianças e adolescentes tomem conhecimento de uma infinidade de produtos e desejem adquiri-los.
Diante deste cenário, o desejo de agradar o filho é compreensível, mas a escolha e a compra do presente devem ser orientadas, em primeiro lugar, pelo orçamento e pelas necessidades da família, sem comprometer o pagamento de outras despesas importantes. Vale a pena lembrar ainda que o período do final do ano está próximo, e com ele mais gastos devem vir. O momento não é de extrapolar o orçamento, mas sim se preparar financeiramente para o Natal, as férias escolares e os impostos de início de ano.
Pensando nisso, dependendo da idade e maturidade da criança, o recomendável é que ela não participe das compras dos presentes, a fim de evitar momentos estressantes e desgaste desnecessário. Quando os pais identificarem que o filho já possui idade e capacidade de compreensão, pode existir um diálogo com a criança, para que ela comece a entender o valor do dinheiro e compreenda a realidade específica de sua família. Nesse caso, pais e filhos podem pesquisar juntos e elaborar uma lista de possiblidades que estejam dentro do orçamento familiar, por exemplo. Esse diálogo é ideal também para os primeiros contatos da criança com a educação financeira e para o desenvolvimento da sua relação com conceitos importantes, como a questão do limite.
Vale observar que no caso do consumidor inadimplente, todo esforço deve ser direcionado, primeiramente, para quitar os compromissos em atraso. Por mais que o Dia das Crianças seja uma data tradicional que incita a emoção para agradar os pequenos, em nenhuma circunstância é recomendável deixar de pagar contas a fim de comprar presentes. Além disso, há outras opções que podem substituir os brinquedos: um passeio em família e bons momentos compartilhados, por exemplo, também reforçam os laços afetivos e passam uma mensagem importante, ao sugerir para a criança que o brinquedo ou a roupa nova não são a única forma de as pessoas demonstrarem apreço.
Para os que estão com as despesas em dia, é importante planejar os gastos e evitar agir de forma impulsiva, cedendo à vontade dos filhos sem pensar nas consequências do endividamento. A possível frustração em relação ao presente é momentânea, mas um gasto excessivo pode causar danos de longo prazo ao orçamento e às finanças da família. A maior lição que podemos deixar aos nossos filhos é sempre o exemplo que oferecemos. O uso consciente do dinheiro e a responsabilidade com as contas da família são comportamentos que todo pai ou mãe com certeza gostaria que seu filho herdasse.
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